quarta-feira, 18 de maio de 2011

Sono distante

Sono distante

Nesta noite de sono distante
Prostro-me a descrever num instante
Um terrível sentimento sofrido sem dor.

Onde a minha alma está sendo deturpada por alienígenas
Que entram em minha sala
Como vermes constantes a um simples corpo decompor.

Sentindo pequenas sanguessugas chuparem as minhas rugas
Cobras venenosas deslizarem em minhas curvas
Minhas narinas em meio aos dejetos
Sentindo o aroma do terror.

De repente ouço uma serenata
Corro para a sacada
Era você, meu amor!
Com um buquê de rosas pálidas
Dizendo que me amava
Enquanto eu sentia sabor do teu odor.

 (Márvila Araújo)

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